sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A comunhão do Bad Religion


Fui aplicado no Bad Religion lá pelos idos do ano 2000 quando comecei a tocar com os irmãos Matheus e Felipe Drummond na banda Nitro, que logo passou a se chamar Commando. Na ocasião pirei em “A Walk”, mas como era mais difícil para eu cantar, optamos por “21st Digital Boy” e “American Jesus”.

Com o passar dos anos comecei a considerar a banda como o elo entre o punk setentista e o punk dos anos 90 (e porquê não dizer do hardcore e do grunge contemporâneo), e me liguei de que o engajamento social da banda a marcava tanto quanto os riff´s de suas canções. Aí baixei a discografia e fiquei na pilha pra ver ao vivo, principalmente quando lançaram o álbum “New America”, que me fez perceber que não se tratava de uma banda em decadência, que sobrevivia do passado como inúmeras outras.

Quando li que os caras estavam se preparando para a última turnê fiquei ansioso pela confirmação de uma despedida em terra brasilis. Anunciaram algumas datas, como de costume BH estava fora, mas eu tinha me mudado pro Rio há poucos meses e me recusava a acreditar que eles não passariam por aqui.

Quando confirmaram o show na Fundição Progresso no dia 15 de outubro de 2011 fiquei eufórico, mas apreensivo em virtude de ser apenas algumas semanas após o Rock In Rio, uma semana após o Eric Clapton (que com pesar acabei preterindo) e duas semanas antes do Aerosmith em SP que tocaria no dia do meu aniversário de 30 anos. Não pestanejei, liguei pra minha mulher em BH e avisei que meu presente de aniversário de namoro ao invés de um par de cadeiras no show do Eric Clapton, seria um mosh no Bad Religion.

Senti falta de uma banda de abertura, e de músicas como “A Walk” e “New America”, mas moshei com sorriso no rosto ao som de “American Jesus”. As execuções de “Sorrow” e “21st Digital Boy”, com participação de um público visivelmente extasiado, por pouco não me fizeram comprar mais de uma camisa oficial daquela que pode ter sido a última turnê do Bad Religion.

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